Qual é a importância do DNA recombinante, na produção de insulina artificial entregue para a população pelo SUS para cuidar da população que apresentem Diabetes Mellitus I e II?
Olá meus queridos fragmentos de
Okazaki!
A Diabetes Mellitus é uma doença
que tem uma grande abrangência mundial, e sabemos o quanto essa doença pode
afetar o dia a dia das pessoas, o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes
no mundo, ou seja,16,8 milhões de doentes adultos entre 20 a 79 anos, perdendo
apenas para a China, Índia, EUA e Paquistão. A estimativa mundial da doença em
2030 chega a 21,5 milhões de pessoas com a patologia.
A engenharia genética tem sido de
grande importância dentro da ciência, por ser responsável pela manipulação de
genomas de organismos vivos influenciando diretamente as habilidades de cada espécie,
é a partir da tecnologia de DNA recombinante que conseguimos realizar a
produção de insulina artificial, se tornando um grande avanço nas vidas das
pessoas com a patologia.
A insulina humana é um hormônio peptídico
e proteico que são produzidos por células pancreáticas localizadas nas ilhotas de
Langherans e tem como principal função o controle da redução de glicose no
sangue, sal deficiência na produção ou ação da insulina produz a Diabete
Mellitus no ser humano, trazendo anormalidades ao organismo.
Essa patologia se apresenta em
diversos tipos:
DM1: destruição das células beta pancreáticas,
por doenças auto imunes, levando a deficiência de insulina.
DM2: resistência a ação da
insulina, associada com uma deficiência em sua secreção
DM Gestacional: doença diagnosticada
durante a gestação, em pacientes sem aumento prévio de glicose.
E ainda por cima temos o surgimento
dessa doença associadas a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas,
drogas, medicamentos, ou outras doenças endócrinas.
O efeito no organismo esta ligado
ao pH das pessoas que apresentam essa doença se apresentam mais ácidos, essa
superprodução de metabólicos e a queda no pH sanguíneo acarreta em lesões irreparáveis
nos tecidos e ate a morte celular, se
tonando um indicativo de alterações profundas no balanço ácido-base do
organismo, levando a formação de uma grande quantidade de corpos cetonicos, além
da capacidade dos tecidos para oxidar esses produtos.
Os sintomas de pacientes com Diabetes
Mellitus são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações agudas e crônicas.
Esses sintomas são: sede excessiva, aumento no volume urinário, aumento no número
de micções ,fadiga, fraqueza, tonturas e
caso não seja diagnosticada a tempo e se iniciado o tratamento, esses sintomas podem
se agravar e levar a complicações cardíacas, circulatórias, renais, digestivas,
neurológicas, dermatológicas e ortopédicas.
Essa doença infelizmente não tem
cura, exceto a partir de um transplante de pâncreas, onde por objetivo visa,
obter uma glicemia normal, a partir da liberação de insulina pelo novo órgão implantado,
controlando todas as possíveis alterações metabólicas dos pacientes, sendo seu quadro
individual para cada paciente e levando em consideração um plano alimentar com
dieta adequada, atividades físicas e medicamentos com acompanhamento médico.
Logo, a prioridade para o
tratamento em um paciente não implantado é justamente desenvolver o equilíbrio metabólico
ao paciente, fazendo com que o organismo se aproxime o mais próximo possível daquilo
que é considerado como a fisiologia normal e ideal, e isso esta diretamente
ligado ao significado de um bom controle metabólico, alimentar, físico, psicológico
e social por parte do paciente.
A principal forma que temos de
controlar um risco direto de hipoglicemia, seria utilizando a insulina humana,
tendo uma aplicação regular entre 30 a 45 minutos antes da refeição. Porém, com
o auxílio da tecnologia do rDNA, procurou-se desenvolver uma insulina que
tivesse um comportamento semelhante a que é produzida naturalmente pelo
organismo , causando um início mais rápido e uma duração mais curta que a
insulina regular.
Justamente com essa tecnologia de
DNA recombinante que se tornou possível obter organismos com características
novas ou não encontradas na natureza, e foi justamente o que permitiu um
melhoramento genético de espécies com valores biotecnológicos, proporcionando
uma mudança no método de produção de insulina artificial, que antes em seu método
tradicional, se utilizava de matéria prima pâncreas de mamíferos suínos e
bovinos.
A tecnologia do DNA recombinante
esta ligada diretamente com a modificação do DNA, na qual tem por objetivo
alterar características de um organismo vivo ou para introduzir novas características
a ele. O processo de isolamento dos genes ocorre por meio de clonagem molecular,
na qual consiste em induzir um organismo vivo amplificar a sequência de DNA de
interesse em um sistema que tenhamos, facilidade na obtenção da purificação e
recuperação do fragmento de DNA. Sendo utilizados vetores de clonagem (plasmídeos)
nos quais a sequencia seria inserida por meio da DNA ligase, além do uso de
enzimas de restrição que são responsáveis pelo corte do DNA para a inserção do
gene especifico.
Uma vez isolado o gene de
interesse esses fragmentos de DNA são incorporados no genoma do organismo alvo,
resultando em um organismo geneticamente modificado, contendo um gene
especifico e com capacidade suficiente para replicação do DNA modificado,
realizando a produção da proteína em questão, que seria a insulina, que terá seus
processos de purificação e separação de outros subprodutos relacionados com a colônia
bacteriana desenvolvida com os genes ativos , para que seja entao adicionada as
ligações dissulfeto para deixar essas proteína biologicamente ativa e com
capacidade ideal para agir como um hormônio no corpo do paciente.
Referencias:
https://bvsms.saude.gov.br/26-6-dia-nacional-do-diabetes-4/
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